É certo que o homem pensa e age da maneira
como quer. E não como uma/a sociedade anseia que o mesmo pense, logo, todos
estão livres para poder criar conceitos sobre as coisas, como no caso sobre a
beleza.
A maneira de nomear os objetos, pelo
indivíduo, trata-se da questão do uso das palavras, as quais com a força que se
apresentam ao serem proferidas; tornam-se um discurso, que por muitos é tomado
como verdadeiro e único. Porém mesmo que apareçam inúmeras formas tanto de
discurso, quanto de inúmeras interpretações e entendimentos sobre ele(discurso/conceito),
deve-se ter mente aberta, para que a devida compreensão ocorra, independente da
aceitação que se predispõe por e para cada um.
Haja vista que a maioria dos conceitos
sobre arte, beleza, belo; não estão fechados, como também não são cíclicos,
irão além de depender da relação que cada um tem com o indivíduo(objeto e
espectador), como também de como cada um analisa, isto é, deve-se ter ciência
de como a visão particular do homem influencia no seu entendimento.
No caso da beleza, tanto o dicionário,
quanto os inúmeros e vastos autores, no decorrer da história, tentam
classificá-la ou enunciá-la, ou seja, tentam prendê-la a um único conceito;
criando a ilusão de que a experiência de sentir, de ter prazer, de conviver com
o objeto não é válida para o homem, privando-o de poder atuar como criador de
conceitos, de ter prazer ao criar sua própria definição.
Pois, a graça de entender a complexidade do
que realmente seria o conceito/discurso sobre beleza, reside no que Schiller
defende em: “ A educação do homem, numa série de cartas”, em específico na
“Carta I”, que o mistério reside na compreensão, a qual é feita acerca do
objeto em estudo, isto é, vai depender de como cada um tem ou vive a
experiência de poder senti-la(beleza), dentro de um contexto único seu.
Tanto que a sensação de entendimento da
beleza, dá-se na sua experiência, que é a
relação entre o eu e o isso (pessoa e objeto); resumindo, tem-se uma
experiência estética, a qual é individual, única.
Entenda-se por Estética, como a ciência do
belo ou na tentativa de compreender o encanto que a obra de arte proporciona ao
espírito humano; ao observar e conhecer o objeto posto em análise.
Logo, o que é essencial é o olhar único e
distinto do homem, junto com a experiência, os quais proporcionam uma gama de
distintos sentimentos, os quais se tornam responsáveis pela criação dos
discursos/conceitos , isto é, a apresentação daquilo que é posto como objeto de
estudo, como no caso o que realmente se definiria beleza.
E nunca deixar que apenas uma forma de
denominação(compreensão) de algo, como beleza, seja ‘jogada’ no meio em que ela
vive; mas sim dialogar com as inúmeras opiniões sobre o referido tema,
assunto(beleza). Afinal, cada um, apresenta um olhar, uma experiência e a sua
“própria” compreensão/definição sobre beleza, a qual não trata-se apenas como
ciência do belo, mas o modo como cada um analisa ou é capaz de analisar o
objeto em estudo seja ele uma obra de arte, uma música, escultura, dentre
outros.
Por Emaísa Lima