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13 de set. de 2010

Crônica sobre o Carnaval da cidade de Juazeiro (BA)


*Sei que o carnaval já passou e a postagem está atrasada, mas como estou de férias, vou atualizar o blog! Bjsss

O carnaval é uma festa nacionalmente conhecida por ter uma data fixa no segundo mês do ano, fevereiro, onde ainda se tem aquele clima de férias. Dá pelo menos, para relaxar um pouco. E numa região, em que as cidades baianas, mesmo com Salvador como pólo principal, são as mais procuradas para curtir a famosa folia pagã. Afinal, não comentam por aí que o Brasil, quer dizer, a Bahia só funciona realmente depois do carnaval?

Isso não foi pensado ou levado em consideração pelo atual prefeito, que será mais conhecido aqui como “O Justiceiro de Juazeiro”, um empresário, que resolveu se candidatar a prefeito da cidade de Juazeiro (BA), para fazer a diferença! Vejam quanta ele já fez! O marco da sua gestão: a mudança da data do carnaval, tirando do mês dois para o mês cinco.

E segundo “O Justiceiro de Juazeiro”, a intenção da mudança da data e do mês foi apenas, simplesmente para homenagear a personalidade mais ilustre da cidade, a cantora: Ivete Sangalo; imagine, é como se João Gilberto, o criador da Bossa Nova, um dos ritmos mais importantes do Brasil e do mundo, nem daqui fosse... Acredito que ele deva criar a “Secretaria de História de Juazeiro”, para poder se informar, sobre quem realmente são os grandes astros do palco juazeirense.

Não posso negar que os shows, a organização e a segurança do evento estavam bons. Em outros tempos a história seria bastante diferente... Enquanto isso, os políticos, candidatos ou não, principalmente ao governo do estado da Bahia, se encontravam na mais completa segurança e tranquilidade, detalhe, sem saber do que exatamente: se dos bandidos ou dos eleitores? Sabe-se Deus...

Era nítido, ao caminhar por algumas partes do circuito da festa, ver e observar a animação dos populares; a agonia de ir atrás do trio; o modo como gesticulavam; os encontros; também os desencontros; a maneira de se vestir; o incansável clima de paquera; todavia, preciso assumir que pude notar e conhecer situações, no mínimo díspares. Um exemplo, bastante inusitado foi ter de aturar Anamara, bem à vontade, distribuindo acenos e gracejos para todo mundo. É como se na minha conta bancária, fosse depositado não sei quantos mil reais, só pela minha presença, até conseguira aparentar estar feliz por voltar a minha terra, antes do meu nome ser esquecido.

E quando a gente pensa que já viu de tudo neste mundo, aparecem fatos assim para virar notícia. São tantas pautas, que tenho pena da imprensa, deve estar com inúmeras dificuldades em selecionar, cobrir, tantos fatos. Que tal irmos saber dela?

É tanto que antes da folia, todo mundo reclamou da mudança da data, e a mesma (imprensa) fez um estrondoso alarde... Só se esqueceu de pautar assuntos envolvendo a circulação do dinheiro na cidade, durante o tempo em que a festa acontece. Mesmo assim, todo o corpo jornalístico, estava afoito pela foto única ou por aquela entrevista sensacional. Ufa!

O que me fez rir foi ver a cara do“O Justiceiro de Juazeiro”, como se ao empinar seu peito feio e gordo, ele fosse um herói do sertão, não ‘o’ herói, mas sim no sentido de ser ‘qualquer um’. Digo isso, por que era como se ele tivesse aprovado a ‘emenda’ do século, por ter trazido e/ou ficado perto das personalidades do ano: Ivete Sangalo e Anamara.

Finalmente, é bem engraçado ver que a sociedade brasileira, em específico a de Juazeiro (BA), ainda sobrevive da mesma forma social como a da Roma Antiga –através da política do pão e do circo- fazendo com que a população entre num pseudotranse, tornando-se facilmente manipulável no referente às questões políticas e sociais. E se preparem que no próximo ano, 2011, vai ter: "Homenagem a Ivete Sangalo 2 -O Retorno."

                                               Por Emaísa Lima

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