*Sei que o carnaval já passou e a postagem está atrasada, mas como estou de férias, vou atualizar o blog! Bjsss
O
carnaval é uma festa nacionalmente conhecida por ter uma data fixa no segundo
mês do ano, fevereiro, onde ainda se tem aquele clima de férias. Dá pelo menos,
para relaxar um pouco. E numa região, em que as cidades baianas, mesmo com
Salvador como pólo principal, são as mais procuradas para curtir a famosa folia
pagã. Afinal, não comentam por aí que o Brasil, quer dizer, a Bahia só funciona
realmente depois do carnaval?
Isso
não foi pensado ou levado em consideração pelo atual prefeito, que será mais
conhecido aqui como “O Justiceiro de Juazeiro”, um empresário, que
resolveu se candidatar a prefeito da cidade de Juazeiro (BA), para fazer a
diferença! Vejam quanta ele já fez! O marco da sua gestão: a mudança da data do
carnaval, tirando do mês dois para o mês cinco.
E
segundo “O Justiceiro de Juazeiro”, a intenção da mudança da data e do
mês foi apenas, simplesmente para homenagear a personalidade mais ilustre da
cidade, a cantora: Ivete Sangalo; imagine, é como se João Gilberto, o criador
da Bossa Nova, um dos ritmos mais importantes do Brasil e do mundo, nem daqui
fosse... Acredito que ele deva criar a “Secretaria de História de Juazeiro”,
para poder se informar, sobre quem realmente são os grandes astros do palco
juazeirense.
Não
posso negar que os shows, a organização e a segurança do evento estavam bons.
Em outros tempos a história seria bastante diferente... Enquanto isso, os
políticos, candidatos ou não, principalmente ao governo do estado da Bahia, se
encontravam na mais completa segurança e tranquilidade, detalhe, sem saber do
que exatamente: se dos bandidos ou dos eleitores? Sabe-se Deus...
Era
nítido, ao caminhar por algumas partes do circuito da festa, ver e observar a
animação dos populares; a agonia de ir atrás do trio; o modo como gesticulavam;
os encontros; também os desencontros; a maneira de se vestir; o incansável
clima de paquera; todavia, preciso assumir que pude notar e conhecer situações,
no mínimo díspares. Um exemplo, bastante inusitado foi ter de aturar Anamara,
bem à vontade, distribuindo acenos e gracejos para todo mundo. É como se na
minha conta bancária, fosse depositado não sei quantos mil reais, só pela minha
presença, até conseguira aparentar estar feliz por voltar a minha terra, antes
do meu nome ser esquecido.
E
quando a gente pensa que já viu de tudo neste mundo, aparecem fatos assim para
virar notícia. São tantas pautas, que tenho pena da imprensa, deve estar com
inúmeras dificuldades em selecionar, cobrir, tantos fatos. Que tal irmos saber
dela?
É
tanto que antes da folia, todo mundo reclamou da mudança da data, e a mesma
(imprensa) fez um estrondoso alarde... Só se esqueceu de pautar assuntos
envolvendo a circulação do dinheiro na cidade, durante o tempo em que a festa
acontece. Mesmo assim, todo o corpo jornalístico, estava afoito pela foto única
ou por aquela entrevista sensacional. Ufa!
O que
me fez rir foi ver a cara do“O Justiceiro de Juazeiro”, como se ao
empinar seu peito feio e gordo, ele fosse um herói do sertão, não ‘o’ herói,
mas sim no sentido de ser ‘qualquer um’. Digo isso, por que era como se ele
tivesse aprovado a ‘emenda’ do século, por ter trazido e/ou ficado perto das
personalidades do ano: Ivete Sangalo e Anamara.
Finalmente,
é bem engraçado ver que a sociedade brasileira, em específico a de Juazeiro
(BA), ainda sobrevive da mesma forma social como a da Roma Antiga –através da
política do pão e do circo- fazendo com que a população entre num pseudotranse,
tornando-se facilmente manipulável no referente às questões políticas e
sociais. E se preparem que no próximo ano, 2011, vai ter: "Homenagem a
Ivete Sangalo 2 -O Retorno."
Por Emaísa Lima
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