A vida escolar dos jovens é totalmente
levada sem muita preocupação. Até quando a maioria dos alunos, entram no último
ano do ensino médio e começam a se preparar para a competitiva corrida dos
vestibulares. Sejam as provas feitas em suas cidades de origem ou em outras as
quais o estudante necessite se deslocar para realizar o exame.
O
grande drama sofrido pelo aluno, não é apenas ter de fazer a ‘famosa’ prova,
mas sim, qual carreira realmente deve seguir. Vale destacar que as faculdades
e/ou universidades(privadas ou não), estão se desterritorializando, ou seja não
estão mais ficando apenas nas capitais, forçando os alunos do interior a sair
de sua terra. Mas agora, estão se deslocando para as cidades do interior(as bem
desenvolvidas), com a política de criação de campus para fora das capitais.
Só que “as pessoas das regiões
interioranas, ainda não tem consciência da universidade, dos seus cursos ou da
vontade de ter um curso superior.” Afirma Tarciana Almeida, psicóloga e
professora do curso de Psicologia da Universidade Federal do Vale do São
Francisco(UNIVASF). Ao reforçar a idéia de que a maioria dos jovens do
interior, por não se sentirem preparados ou desconhecerem o ensino superior,
apenas se formam no ensino médio e seguem direto para o mercado de trabalho,
sem nenhuma qualificação.
Isto ainda acontece na realidade vivida
pelo jovem brasileiro. Entretanto, com o aumento da renda familiar e da
proliferação de faculdades e universidades, a situação começa a se diferenciar.
Pois na maioria dos casos, além de estar ocorrendo o movimento inverso, ou
seja, os estudantes das capitais estarem se deslocando para o interior,
aumentando assim a concorrência; os estudantes do interior se sentem mais à
vontade para tentar uma vaga do ensino superior na sua cidade.
Da mesma forma, os alunos que ainda não
se definiram qual profissão seguir, encontram problemas na hora de uma boa
escolha. “É extremamente importante a decisão da escolha de uma profissão,
porque ajuda o jovem a definir além de uma carreira, a definir sua vida, num
futuro bem próximo.”, ressalta Umarac da Nóbrega, professor do curso de
Administração da UNIVASF.
Confirmando que pelo fato de os jovens
não terem uma decisão tomada, podem vir a sofrer influência ao se decidir, pelo
meio social em que vivem, por seus pais, parentes próximos e/ou amigos. Outro
fator que ajuda para esta indecisão são as novas tecnologias. Muitas acabam por
criar variados estereótipos em algumas profissões, exemplificando, as
consideradas mais remuneráveis: Medicina, Direito e Engenharias.
A jovem aluna Nadine Gomes, 18 anos, do
terceiro ano do ensino médio, do Colégio da Polícia Militar da Bahia, na cidade
de Juazeiro, afirma que esta decidida a fazer os cursos de Psicologia e
Jornalismo, em faculdades federais e estaduais. “Além da vontade própria, fiz
pesquisas e também tive a influência e o incentivo de amigos.” ressalta. Já
Flávia Gomes, 16 anos, estudante de terceiro ano do Colégio Geo-Juazeiro,
decidiu prestar vestibular para o curso de Medicina, pela sua própria vontade e
por ser um sonho de criança.
“Decidi ser engenheiro civil, porque eu
quis, pois, se dependesse dos meus pais eu seria outra coisa, como Policial
Civil.”, comenta Everton Antonio da Silva, 15 anos, estudante da Escola Rui
Barbosa, ao ser questionado pela sua escolha profissional e ainda afirma que a
questão de mercado teve peso importante na sua decisão.
“Logo, o indivíduo deve se conhecer e
conhecer a realidade profissional que quer ou deseja.”, defende Tarciana Almeida,
psicóloga e professora do curso de Psicologia da UNIVASF, mostrando que o jovem
deve sim tomar uma decisão, que seja apenas sua e não influenciada por ninguém
e que para isso, ele deve buscar orientação especializada, fazer testes
vocacionais e conhecer os benefícios e malefícios de sua futura profissão.
Por Emaísa Lima
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