“ Contar histórias, sempre foi a
arte de contá-las de novo, e ela se perde quando não são mais conservadas.”, a
afirmação é feita por Walter Benjamin, no texto de título “ O Narrador”, ao
comentar de que a pressa e a falta de tempo para conversar, como as correrias
existentes hoje, as histórias (narrativas), não são mais usadas e sim a
informação como produto principal de sabedoria.
Antes, tudo na vida dos seres humanos
era baseado nas narrativas contadas por narradores anônimos, ou seja, sempre se
existiu o prazer tanto em contar, como por ouvir as histórias. E isso se
atribui às histórias nunca ficarem presas há um certo tempo, contexto, discurso
e interpretações, ou seja, cada qual a sua maneira poderia ser ator e autor
dela, sem esquecer que a forma como você iria entender só depende da sua visão
de mundo.
Com a informação é diferente,
pois como ela é breve, sucinta e já vem explicada, ou seja, cabe apenas uma
interpretação, sendo caracterizada por um discurso fechado, no qual apenas um
narrador fala, preso a um contexto e sua interpretação é fechada, isto é tem
apenas uma direção, fica restrita a quem entende da situação e sem contar que
ela passageira; o que se reflete na seguinte citação: “ A informação só tem
valor no momento em que é nova.”
Isto se reflete no distanciamento ainda maior
do narrador, ou melhor, praticamente no silenciamento do narrador, pois se tudo
permanece fixo, imóvel, as narrativas não tem para quem ou como serem contadas.
Fazendo com que o homem não adquira mais o dom de imaginar, criar, buscar
respostas, variar nos discursos e não ficar fechado em um só apenas.
Texto de Emaísa Lima
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